Investigação aponta falha humana em acidente fatal e libera pista.

A investigação sobre as causas do acidente do atleta georgiano Nodar Kumaritashvili no treino de luge nesta sexta-feira não encontrou problemas na pista do Whistler Sliding Center, que foi liberada para os Jogos Olímpicos de Vancouver.

De acordo com a Guarda Montada Canadense, os legistas de British Columbia e a Federação Internacional de Luge (FIL), a fatalidade ocorreu por conta de uma falha humana do próprio competidor, que perdeu o controle de seu trenó a uma velocidade de 144 km/h já no final do circuito e morreu após colidir na parede protetora e em uma haste de metal.

"O atleta saiu atrasado da curva 15 e não compensou corretamente (o trenó) para a entrada na curva 16", explica a FIL, em nota oficial. "Embora tenha se esforçado para tentar corrigir o problema, (Kumaritashvili) perdeu o controle de seu trenó, o que resultou no trágico acidente", consta no documento.

A entidade máxima do luge, assim, rechaçou a hipótese de que alguma deficiência no Whisler Sliding Center tenha sido responsável pela morte do georgiano, 21 anos. "Os funcionários técnicos da FIL refizeram o percurso e concluíram que não havia indicação de que o desastre foi causado por problemas na pista", justifica a federação.

Contudo, embora tenha liberado a pista, a FIL anunciou uma medida de segurança para evitar outra fatalidade no luge durante Vancouver 2010. "As paredes de proteção da curva 16 serão aumentadas", informou a entidade.

Desta forma, os treinos do luge masculino serão retomados neste sábado. No mesmo dia, será realizada a primeira fase da prova olímpica, com início previsto para as 23h (de Brasília).

Entenda o caso

O georgiano Nodar Kumaritashvili, 21 anos, morreu nesta sexta-feira após sofrer um grave acidente no treinamento do luge, no Whistler Sliding Center. O atleta estava a uma velocidade de 144 km/h quando perdeu o controle de seu trenó, bateu contra a parede de gelo e, depois, contra uma haste na pista.

A equipe médica dos Jogos de Vancouver tentou realizar procedimentos de reanimação, como massagem cardíaca e respiração boca a boca, antes de chamar um helicóptero para transferir Kumaritashvili ao hospital. O atleta, que havia iniciado a carreira profissional há dois anos, teve a morte anunciada horas depois pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Fonte: Terra